Abadia é condenado a 30 anos de prisão

Chefe de cartel de drogas foi considerado culpado por quatro crimes. Além do traficante, a mulher dele, Jéssica, e mais oito foram condenados.

Fonte: G1

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Chefe de cartel de drogas foi considerado culpado por quatro crimes. Além do traficante, a mulher dele, Jéssica, e mais oito foram condenados.

A Justiça Federal em São Paulo condenou, na tarde desta terça-feira (1), o traficante Juan Carlos Ramirez Abadia a 30 anos de prisão. O chefe de cartel de drogas foi considerado culpado por quatro crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos.

Além do traficante, a mulher dele, Jéssica, e mais oito pessoas foram condenadas à prisão. Ramirez Abadia passou mais de três anos escondido no Brasil, até ser preso em agosto do ano passado. Nesse período, fez 78 cirurgias plásticas.

Na sentença, o juiz federal Fausto de Sanctis se manifestou contrário à extradição do traficante para os Estados Unidos. O juiz afirma que Abadia deve pagar pelos crimes aqui no Brasil.

No dia 13 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Abadia para os Estados Unidos, onde ele responde a processo por lavagem de dinheiro, tráfico internacional de cocaína e homicídio. A decisão foi unânime.

Os ministros concordaram com o entendimento do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de que a extradição deve ser concedida sob a condição de que o governo americano assuma, em caráter formal, o compromisso de que uma eventual pena de prisão perpétua ou de morte seja convertida em pena de prisão com o prazo máximo de 30 anos.

Segundo a assessoria do STF, a entrega do colombiano ao governo dos Estados Unidos só poderá ocorrer depois que o governo americano se comprometer a cumprir esses requisitos.

Autorização presidencial

Mesmo com a aprovação do pedido, a palavra final sobre a extradição ainda caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele terá que decidir se Abadia será enviado aos Estados Unidos.

A assessoria do STF informou que o presidente pode decidir pela extradição imediata ou que ela ocorra depois que Abadia for julgado e, caso condenado, cumpra pena no Brasil antes. Também de acordo com a assessoria, existe a hipótese de o presidente Lula não concordar com a extradição. No entanto, essa possibilidade é remota.

Palavras-chave: prisão

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